O poeta é um fingidor.
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não têm.
E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda
Que se chama coração
Fernando Pessoa
sábado, 16 de junho de 2007
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2 comentários:
querida amiga Natália, soubeste que eu adoro o Fernando Pessoa?
Podes continuar a maravilhar.
Beijinhos e até logo
também eu!
fernando pessoa e eugenio de andrade são os meus preferidos...
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